quarta-feira, 17 de janeiro de 2018

Ibope revela que 90% não votam em candidato da base de Temer; Davi é o vice-líder do governo no Senado

Ibope revela que 90% dos brasileiros não pretendem votar em qualquer candidato ligado a partidos da base de Temer. Os dados explicam a forte rejeição ao nome do senador Davi Alcolumbre entre os amapaenses e a sua baixa aceitação como pré-candidato ao governo na base de apoio do senador Randolfe Rodrigues e  do prefeito Clécio Luis. 
Por Heverson Castro

Governante mais impopular do mundo, Michel Temer se converteu também numa âncora para qualquer candidato que defenda seu legado ou peça seu apoio na disputa presidencial de 2018. Os números enquadram perfeitamente Davi Alcolumbre no perfil dos políticos rejeitados pela maioria esmagadora dos brasileiros.

No Amapá, o senador Davi Alcolumbre (DEM), que é vice-líder de Temer no Congresso, já anunciou que deve concorrer ao governo do Amapá numa ampla aliança com partidos de centro e direita (DEM, PSDB, PP), legendas que votaram maciçamente à favor de reformas impopulares e para barrarem as investigações contra Temer na Câmara Federal.

A pesquisa do Ibope foi realizada entre 9 e 17 de dezembro nas dez maiores capitais do Brasil, com usuários de internet das classes A, B e C revela que Temer será um fardo de uma tonelada para se carregar: 90% disseram que não votariam num "candidato que defenda o governo Temer" (5% responderam que "sim").

Com base nos dados da pesquisa, o vice-líder do governo mais rejeitado da história política do país no Senado Federal, o senador Davi Alcolumbre vê sua pretensão de chegar ao palácio do Setentrião ficar além do horizonte. Tudo por conta das consequências da associação de seu nome com ataques aos direitos do servidor público e aos elevados índices de rejeição do presidente Michel Temer (PMDB).

Davi Alcolumobre tenta explicar que disputará a eleição reivindicando que sua aliança com Temer ajuda o estado do ponto de vista econômico, mas não é isso que as pesquisas de opinião, as redes sociais, a opinião pública e o povo do Amapá pensam sobre a traição contra os trabalhadores e os mais pobres quando Davi votou à favor da retirada de direitos, a PEC da Morte e a Reforma Trabalhista, que são repudiadas pelo povo em pesquisas de opinião.  

Além de partidos da base de Temer, Davi Alcolumbre deve contar com o apaio da Rede, PPL e PSOL, partidos que não conseguem explicar às suas bases o apoio que será dado por seus caciques (Randolfe, Clécio, Paulo Lemos) ao senador que é tratado no Amapá pelas centrais sindicais, sindicatos, movimentos sociais e partidos de esquerda como um dos principais inimigos da classe trabalhadora no Amapá.

A candidatura de Davi virou fardo para aliados locais, depois do engodo da gestão do presidente Temer, com diversas medidas impopulares que acentuam desgastes impressionantes, decorrente dos congelamentos dos salários e investimentos em saúde e educação por cerca de 20 anos, a destruição e esquartejamento da Petrobras, tentativa de solapar aposentadoria pública, a efetivação da lei da terceirização para atividades meio e fim de empresas privadas e públicas, precarizando as relações do trabalho no país, entre outras perdas.

Fosse só o desgaste da confusão de seu nome com o do presidente Temer, Davi tem atuado incisivamente para ajudar o Planalto em empreitadas desgastantes e descabidas.

Como vice-líder da gestão do presidente Temer no Senado, Davi tem demonstrado alinhamento com propósitos do governo federal. Ele foi decisivo na aprovação da Proposta de Emenda Constitucional 55 (PEC-55/2016), que congela salários dos trabalhadores e paralisa investimentos em saúde e educação por 20 anos.

Dos três senadores do estado em Brasília, apenas Davi Alcolumbre não veio a público se solidarizar com os trabalhadores na questão da derrogação da Consolidação da Leis Trabalhistas (CLT), com aprovação lei da terceirização ampla e irrestrita do trabalho no país. Em relação à proposta pelo fim do foro privilegiado, foi um dos últimos assinar intento, talvez decorrente da pressão por ser pré-candidato ao governo do Amapá.

Além do histórico de desserviço ao país e sobretudo para o trabalhador amapaense, Davi foi um dos acusados de “golpista”, que contribuiu efetivamente para derrocada da democracia no processo fraudulento do impeachment da presidenta Dilma Rousseff. Naquele momento afirmou em seu discurso final que estava votando pelo afastamento da mandatária por causa dos “retrocessos” que ocorria no país, todavia, depois de oito meses de gestão Temer, torna-se claro e evidente para a população, principalmente para os eleitores locais, o que de fato é retrocesso.

Se pré-candidatura sobrevier até homologação dos nomes que pretendem disputar o governo do Amapá em 2018, o senador terá encontro marcado nas urnas com aqueles que tiveram seus direitos básicos duramente atingidos, com contribuição decisiva do político amapaense mais próximo do presidente (golpista) Michel Temer (Com informações do Brasil 247 e Diário do Meio do Mundo).


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