terça-feira, 11 de agosto de 2015

A incineração do bebê e os ‘dois pesos e duas medidas’ na imprensa local

Pedro Leite e o governador Waldez Góes se calaram diante da barbárie na Maternidade Mãe Luzia
No passado culparam um ex-governador por conta da morte de uma criança em Oiapoque, acusando chefe do Executivo de negar carona para a criança e a mãe na aeronave oficial do governo. A farsa montada foi massacrada 24 horas nas rádios e TV´s do estado durante semanas, tendo como objetivo principal usar uma mentira para desgastar o governador.

A imprensa local atrelada aos grupos políticos, principalmente aquele monopólio de mídia que não conhece as doses do bom jornalismo, sentenciou e culpou o ex-governador Camilo Capiberibe pela morte da criança e massacrou o governo, sem ao menos apurar e procurar saber as causas da morte.

Não quero aqui fazer defesa do governador da época, mas o episódio ficou marcado como um verdadeiro massacre midiático sem provas de que realmente o fato tivesse acontecido. Um tempo depois a mãe da criança veio a público desmentir a canalhice e a farsa montada para desgastar o governador da época.

Agora a mesma imprensa que culpou, julgou e colocou o ex-governador na cruz se cala diante da morte trágica de um bebê na maternidade Mãe Luzia, que teria sido incinerado junto com lixo hospitalar, e sequer cobra do atual governo e do governador uma resposta descente para esclarecer o que realmente aconteceu.

Aliás, o governador Waldez Góes demorou a assumir a sua responsabilidade no caso, assim como o atual titular da Sesa, o senhor promotor Pedro Leite, que no passado, tanto usou politicamente o cargo de promotor da Saúde para investidas até mesmo injustas contra o ex-governador. Sem falar que os governos de Waldez entre 2003 e 2010, tiveram a marca do rei Herodes, no que tange as mortes de bebês na Mãe Luzia.

A ofensiva de Pedro Leite poderia ser vista como política, já que foi presenteado com o cargo de Secretário de Estado da Saúde pelo seu padrinho político, que atualmente comanda o Palácio do Setentrião.

Não vou aqui julgar o comportamento do promotor e atual secretário, porque quem vai fazer isso é povo e a opinião pública, que vai avaliar se o mesmo foi covarde ou foi coerente ao não vir a público e fugir da responsabilidade do cargo sobre o caso da morte do bebê na Maternidade Mãe Luzia.

A diferença entre o passado e o presente é que agora o fato em si pode ser considerado um caso de polícia, omissão do governo e dos responsáveis da gestão da Saúde.

Mas isso só vai ser esclarecido diante de uma investigação acurada do MP, Polícia Civil e dos deputados, tanto por parte da Comissão de Direitos Humanos e ou da Comissão de Saúde, se realmente houver vontade política por parte da Assembleia Legislativa em esclarecer o fato.

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